Olá, tudo bem netinhos?
Bom, estamos em período de experiencia aqui no blog. É o seguinte, sabemos que temos leitores que escrevem e nem sempre possuem um blog ou algo do tipo, e que escrevem super bem...
Bom, estamos em período de experiencia aqui no blog. É o seguinte, sabemos que temos leitores que escrevem e nem sempre possuem um blog ou algo do tipo, e que escrevem super bem...
Por esse motivo, pensamos em abrir a tag "Reticencias de Anica" para vocês. Caso alguém se interesse é simples, basta encaminhar um e-mail para o donaanica@gmail.com com seu texto e imagem. Lembrando que o assunto pode ser a respeito de qualquer tema, desde que não ofenda a ninguém.
Tivemos nosso primeiro contato e o assunto foi muito bem escrito. O texto foi votado e aprovado por nós netinhos, assim, resolvemos posta-lo.
O texto a seguir é do nosso leitor Andrei Viana . Ele cursa o terceiro ano de História na cidade de Cuiba - MT, tem 20 anos e é de uma mente crítica e inteligente sobre o que diz. Confiram:
Vivemos tempos muito estranhos.
Assustadores, para ser mais preciso.
Assustadores, para ser mais preciso.
Como historiador aprendi a lidar com os processos históricos, e mesmo o senso comum ache que a Historia é somente o estudo do passado, o presente se faz cada vez mais indispensável para o historiador.
Olhando para o passado e investigando alguns processos, fazendo novas perguntas, criando novas problemáticas ficam claras algumas contradições.
Aí eu reflito um pouco sobre a história da França: um país que inaugurou conceitos como cidadania e direitos civis,
através de uma revolução que sacudiu o planeta no século XVIII. Revolução tão poderosa que moldou os pilares da
contemporaneidade no que se refere aos direitos de igualdade.
Será que esse
passado de certa forma "recente" não faz mais
nenhuma diferença? Mas não precisamos ir muito longe.
O nosso Brasil parece que resolveu seguir seu Hino e deitar-se eternamente
em berço esplêndido. Recentemente ouvi uma amiga se queixando da falta de respeito dos funcionários da universidade
para com as meninas. E um outro colega respondeu que "o machismo já está
aí uns 10 mil anos e assim será mantido, mexer com
mulheres faz parte da cultura brasileira e que reclamar não ia dar em
nada". Parece que toda a forma de desrespeito passou a
ser naturalizada, conformizada. E a televisão e internet também não ajudam muito. Os "humoristas" tem um prazer
mórbido em fazer piada dos grupos oprimidos em vez dos opressores, e questionar
o politicamente correto.
Talvez isso seja um
reflexo da falsa ideia de que a tecnologia tem aproximado as pessoas, e que tem promovido tolerância. Pois não se
enganem com isso, porque parece que é justamente o oposto que tem imperado.
Não é difícil encontrar no famigerado Facebook,
grupos organizados assumidamente machistas, homofóbicos e racistas. Uma das formas utilizadas por esses grupos para
desqualificar movimentos de paz, é tirar-lhes o caráter de utilidade. É bem comum ouvir populares dizendo que uma
Marchas das Vadias por exemplo, é algo desnecessário. E isso nada mais é que alienação.
O tempo que
vivemos é assustador exatamente pela quantidade de informação que nos é
disposta, e ainda assim a intolerância e o conservadorismo
tem conseguido visibilidade, recrutado novas mentes e ampliado sua rede da maldade. Isso inclusive inviabiliza o
trabalho de profissionais do livre pensamento.
O que preocupa é a deturpação da liberdade de expressão, que para os
opressores tem sido trabalhado com esmero na sua catequização incessante de
novos adeptos ao discurso da ofensa livre.
No passo
que estamos caminhando, dá até medo de tornar pública uma reflexão como essa.
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